Mercado

E-commerce da illycaffè no Brasil é repaginado com foco na sustentabilidade

Com foco na sustentabilidade do produto, a illycaffè alinhou os conteúdos de seu e-commerce no Brasil com a ideia da recente iniciativa #OneMakesTheDifference (OMTD), que em tradução livre significa “Cada um faz a diferença”. Segundo a campanha, cada um de nós pode fazer a diferença para o planeta e para o meio ambiente, todos os dias e em todos os gestos.

Navegando pela loja virtual da marca italiana, é possível encontrar detalhes da OMTD, os diferentes tipos de produtos sustentáveis illy (separados nas categorias café, máquinas e acessórios) e o Relatório de Valor Sustentável (Sustainable Value Report), que é atualizado anualmente.

Em sintonia com o cultivo de qualidade sustentável, o e-commerce apresenta uma página em que os ícones verdes demonstram que a experiência de compra também pode ser mais consciente. Máquinas, embalagens, transporte e cadeia de abastecimento são exemplos apresentados que reforçam esse conceito.

Em 2019, a illycaffè reiterou o compromisso de seguir um modelo de negócio sustentável, integrando o interesse das pessoas com o meio ambiente, adotando o estatuto de Società Benefit. Neste ano, foi a primeira empresa italiana do setor cafeeiro a obter a certificação internacional B Corp como resultado do compromisso de cumprir os mais elevados padrões de desempenho social e ambiental.

Mais informações: www.illy.com/pt-br/live-happilly/sustentavel-cafe-one-makes-the-difference

TEXTO Redação

Mercado

Despoluição: Borra de café pode ser usada para remover metais de efluentes

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criaram um processo para retirar metais de efluentes. Para isso, é utilizado um resíduo da indústria cafeeira, a borra de café, como material para adsorver rejeitos provenientes das atividades humanas que são lançados no meio ambiente, como os industriais e redes de esgoto.

De acordo com a professora Andréa Ferreira, do Departamento de Engenharia Química da UFPB e responsável pela inovação, existem, no mercado, muitos materiais que fazem essa despoluição, mas todos são caríssimos. “Não sabemos como e com qual substâncias são fabricados”, conta a docente.

Segundo ela, o desenvolvimento da técnica começou com uma conversa depois de uma aula: “os alunos sempre me acompanham para tirar dúvidas ou ver uma prova. Então, durante nossas interações, vieram possibilidades de se eliminar resíduos de nossas águas que estão tão castigadas”.

Os testes

Os testes foram realizados em diferentes laboratórios da UFPB. “Saíamos pedindo a um e a outro coordenador de laboratório e eles aprovavam os testes. Os resultados foram publicados através de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de estudantes colaboradores. Logo depois, o método foi moldado para se tornar uma patente”, explica.

Andréa revela que a técnica foi criada por causa da insatisfação de se deparar com notícias de que as águas estão cada vez mais poluídas: “a gente quis fazer algo bom pelo ambiente e, em consequência, positivo leia mais…

TEXTO As informações são do Portal Correio. • FOTO Athena Lam

Mercado

Circle K lança café de origem sustentável em lojas dos Estados Unidos

A Circle K se tornou a maior varejista de conveniência dos Estados Unidos a oferecer misturas de café de origem 100% sustentável em todas as suas localidades. O programa é construído em torno de três pilares: produtividade agrícola, práticas ambientais e desenvolvimento social.

Esses grãos virão de fazendas participantes em todo o mundo, ao mesmo tempo em que fornecem ferramentas, treinamento e serviços valiosos aos cafeicultores e suas comunidades. Além disso, as fazendas onde esses cafés são obtidos promovem ativamente:

– Sem trabalho infantil;
– Nenhuma forma de escravidão ou trabalho forçado;
– Treinamentos sobre as leis trabalhistas locais e internacionais aplicáveis;
– Treinamentos sobre, mas não limitados a, tópicos críticos de saúde, segurança ocupacional e direitos, e condições do trabalhador;
– Equidade de gênero;
– Conservação do solo;
– Conservação florestal e biodiversidade;
– Proteção da água, gestão de resíduos, uso eficiente de energia;
– Agricultura ambientalmente responsável.

“Continuamos buscando maneiras de entregar café de alta qualidade e, ao mesmo tempo, reduzir nosso impacto no meio ambiente”, disse Kevin Lewis, diretor de marketing global da empresa controladora Alimentation Couche-Tard. “Nos Estados Unidos, no ano passado, reduzimos o tamanho das caixas e estendemos a vida útil do produto, o que minimizará a quantidade de café desperdiçado. Essas etapas, combinadas com a instalação de máquinas de café do grão à xícara nos Estados Unidos, proporcionaram leia mais…

TEXTO As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin • FOTO Conor Brown

Receitas

Quiche de cebola e bacon

Ingredientes

Massa
– 200 g de farinha de trigo 
– 100 g de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
– 1 colher (chá) de sal 
– 1/4 de xícara (chá) de vinho branco seco ou água gelada

Recheio
– 500 ml de creme de leite fresco
– 4 ovos
– 800 g de cebolas
– 450 g de bacon
– 1 colher (sopa) de mel
– 2 colheres (sopa) de aceto balsâmico
– 4 colheres (sopa) de tomilho
– Azeite
– Sal
– Pimenta-do-reino

Preparo

Massa
Comece a preparação pela massa. Misture a farinha e o sal com a manteiga, usando a ponta dos dedos até formar uma farofa úmida, ainda com alguns pedacinhos da manteiga. Acrescente a água gelada até a massa ficar uniforme, sem sovar nem mexer muito. Faça uma bola e aperte até formar um disco. Coloque a massa em plástico filme ou em um saquinho de congelar e deixe-a na geladeira por pelo menos 30 minutos. Depois desse tempo, em uma superfície lisa e enfarinhada, coloque o disco de massa, polvilhe mais farinha e abra a massa com um rolo, também enfarinhado, até a espessura de 3 milímetros. Use uma forma de fundo falso de 22 cm a 25 cm. Cubra o fundo da forma com a massa aberta e, com cuidado, forre a lateral, deixando uma sobra dobrada para fora da borda para que ela não encolha ao assar. Fure a massa com um garfo e leve-a ao congelador por 15 minutos. Asse logo depois em forno preaquecido a 180 °C (médio) por 15 minutos, até que ela esteja levemente dourada. Espere esfriar e retire a sobra da borda com uma faca. 

Recheio
Depois da massa pronta, coloque os ovos em uma tigela e bata levemente. Junte o creme de leite, o sal, a pimenta e misture tudo. Leve a mistura à geladeira. Corte as cebolas em fatias finas e o bacon em tiras finas, mas não muito pequenas. Em uma frigideira grande, esquente um fio de azeite e coloque o bacon para dourar bem. Junte as cebolas e tempere com sal, pimenta-do-reino e metade do tomilho. Deixe cozinhar por 15 minutos, mexendo sempre até que a cebola fique levemente caramelizada. Coloque o mel e o aceto balsâmico, e mexa por 3 minutos. Espere esfriar. Depois de frio, preaqueça o forno a 180 °C. Espalhe o recheio na massa assada, acrescente o creme de ovos gelado até quase encher a forma e asse por 30 a 40 minutos até dourar e firmar o creme. Salpique tomilho fresco e sirva.

Rende 4 unidades

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz • RECEITA Depois de Paris

Café & Preparos

Empresas investem em tecnologias para digitalizar processo de classificação do café

Os dias de especialistas reunidos em uma sala fechada para degustar café e classificar grãos quanto à cor, aroma e sabor podem estar contados. Uma empresa israelense desenvolveu um aparelho portátil capaz de escanear grãos para determinar a qualidade. A máquina, que funciona com inteligência artificial, precisará de um humano para inserir os parâmetros de qualidade primeiro, mas, depois disso, será capaz de classificar o café antes mesmo de ser torrado.

A empresa concluiu um programa piloto com a Carcafe, divisão colombiana da Volcafe, uma das maiores tradings de café do mundo. Uma transição para os computadores transformaria a maneira tradicional como o café é classificado por humanos.

Os avaliadores Q-Graders, da ICE Futures US, em Nova York, realizam a trabalhosa tarefa de determinar a qualidade e o valor dos grãos de café recebidos pela Bolsa. As tradings e torrefadoras também costumam ter seus próprios avaliadores de qualidade.

A degustação é um processo complicado, não muito diferente daquele realizado pelos sommeliers de vinho. Os Q-Graders pesam o café e o moem em uma xícara. Sentem o aroma do pó seco, anotando a fragrância. A água aquecida a 93 graus celsius é derramada sobre a borra e os avaliadores sentem o cheiro do café úmido.

Após 4 minutos, a crosta que se forma na parte superior da xícara é rompida e a borra e a espuma são removidas. Depois de esperar 15 minutos para o café esfriar, a bebida é sorvida em uma colher.

“É o humano que estabelece a parte sensorial. Você precisa ensinar ao robô o que fazer”, disse Oswaldo Aranha Neto, veterano da indústria do café que acaba de entrar na Demétria como membro do conselho. No mês passado, a leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Café & Preparos

5 mitos e verdades sobre o café

Muitos falam da cachaça como a bebida mais marcante do país, mas a verdade é que o café é a bebida mais consumida pelas famílias brasileiras — e esse caso de amor até se mistura à própria história de desenvolvimento nacional.

Presente na maioria das rotinas dos brasileiros, nas manhãs, após o almoço, no lanchinho da tarde e até madrugadas (para quem precisa ficar acordado), o café é nosso chamego, embora às vezes tentem fazer passá-lo como vilão. Um café de qualidade pode mudar nosso dia. Aqui elencaremos alguns mitos e verdades sobre a bebida mais consumida no Brasil.

1- Café ajuda a emagrecer

Verdade. Mas vamos com calma. O café passa longe de medicamentos ou suplementos que prometem emagrecimento, mas, por ser termogênico, aumenta a velocidade em que as reações metabólicas do organismo ocorrem. Alimentos como o café, chá verde, pimenta vermelha, mostarda e couve ajudam o emagrecimento por acelerarem o metabolismo, mas não são determinantes na hora de emagrecer.

2- Café dá dor de cabeça

Mito. Porém, é preciso esclarecer algumas situações em que o café pode desencadear dor de cabeça em pessoas com enxaqueca ou ansiedade intensa. O café age como estimulante do sistema nervoso. Embora tenha efeitos vasodilatadores no corpo, no cérebro ele age como vasoconstritor. E, embora em algumas pessoas a vasoconstrição cerebral possa diminuir dores de cabeça, em pessoas pré-dispostas (que possuem enxaqueca, por exemplo) o excesso de café pode, sim, desencadear cefaleia.

Como diria o ditado: a diferença entre o remédio e veneno é a dose. Caso tenha enxaqueca, ansiedade ou síndrome do pânico, converse com seu médico sobre a quantidade de café segura para você.

3- Café gera ansiedade

Mito. O café não gera ansiedade, mas a cafeína em excesso pode gerar taquicardia (um sintoma comum da ansiedade). A ansiedade é um estado natural de sobreaviso, mas que pode se tornar um quadro clínico de distúrbio psicológico e se manifestar de forma psicossomática.

A taquicardia é um dos sintomas comuns entre as pessoas que têm ansiedade, mas o café não está ligado a isso. O que pode acontecer, sim, é uma taquicardia gerada pelo consumo excessivo de cafeína, mas as chances de que isso aconteça por tomar café são mínimas — para não falar inexistentes. Vamos explicar.

A OMS recomenda no máximo 400mg de cafeína por dia, sendo que uma xícara de café (coado) de 200ml tem entre 80g e 100mg de cafeína apenas. Considerando a meia-vida da cafeína no corpo de 5-6 horas, seria necessário tomar aproximadamente meio litro de café puro e forte em um curto intervalo de tempo para que o limite fosse alcançado. Sua xícara de café pela manhã ou o expresso após o almoço não são capazes de desencadear uma taquicardia.

4- Café ajuda a curar ressaca

Verdade. Se um dia você acordar de ressaca e uma pessoa oferecer uma xícara de café puro, aceite. Não é mera tradição popular sem fundamento. Como falamos, o café possui efeito vasoconstritor nos vasos sanguíneos cerebrais e isso pode auxiliar a diminuir a dor de cabeça. Vale lembrar que a ressaca é também sintoma de desidratação, mas o café possui propriedades diuréticas. Combine o café preto com muita água e sua ressaca diminuirá sensivelmente.

5- Café envelhece

Mito. Pelo contrário: o café possui substâncias antioxidantes que combatem radicais livres, os quais, ao reagirem com outras células, promovem sua degradação. A maneira saudável de combater envelhecimento é aumentando a quantidade de alimentos e bebidas antioxidantes. Não à toa, o café se tornou, inclusive, um grão muito utilizado na indústria da beleza, presente em produtos cosméticos antienvelhecimento, especialmente para a região das olheiras.

FOTO Matt Hoffman

Mercado

Café bom, limpo e justo: Encontro italiano debate sobre produção e consumo da bebida

Nesta quinta-feira (22/04), data em que é celebrado o Dia da Terra, aconteceu a “Coalização do Café Slow Food: Juntos para um café bom, limpo e justo para todos”, iniciativa virtual criada pelo Slow Food e o Grupo Lavazza.

Com o objetivo de debater sobre a cadeia produtiva do café, abordando temas como biodiversidade, segurança alimentar, direitos sociais, inclusão, transparência, rastreabilidade e conservação da natureza, o encontro foi conduzido por Massimo Giannini, diretor da La Stampa, e contou com a participação de Carlo Petrini, presidente do Slow Food, e Giuseppe Lavazza, vice-presidente do Grupo Lavazza. 

Segundo Petrini, por muito tempo houve uma separação entre a produção e a distribuição do grão, o que fez com que muitos consumidores desconhecessem a cultura cafeeira. Para ele, é necessário acabar com essa lacuna: “Gostaria que toda a questão da produção agrícola e alimentar fosse um patrimônio comum a todas as cadeias de abastecimento. É hora de juntar as duas coisas porque o conhecimento dos produtos alimentícios é a primeira coisa a desempenhar um papel de liderança nas compras e nas escolhas ambientais”.

O presidente do Slow Food também destacou que não se pode imaginar a cultura alimentar separada da cultura ambiental e dos direitos dos trabalhadores. “Ainda há uma lacuna entre os agricultores e outros beneficiários da cadeia de abastecimento. Precisamos passar de uma sociedade baseada na competitividade para uma baseada na cooperação”, disse.

Sobre o assunto, Giuseppe Lavazza explica que ao longo dos anos a empresa tem trabalhado para solucionar grandes questões como as mudanças climáticas, desigualdades, problemas de gênero e fluxos migratórios, e que agora também precisa lidar com outro inimigo perigoso que desacelerou tudo que vinha sendo colocado em prática: a pandemia. 

“Agora há a necessidade de cooperar. Hoje, essa necessidade é ainda mais forte, mais pronunciada. É absolutamente indispensável criar um espaço em que todos os operadores da cadeia de abastecimento possam dar a sua contribuição para a melhoria geral do sistema e atingir os famosos objetivos de um produto bom, limpo e justo, mas também para criar, neste caso, prosperidade ao longo da cadeia de abastecimento”, explicou o vice-presidente do Grupo Lavazza.

O evento on-line também contou com vídeos de cafeicultores da Guatemala e do México, entre eles Osvaldo Zucchino, de Chiquimula, na Guatemala, que cultiva o grão junto de sua família a uma altitude de aproximadamente 1.700 metros. “Ao longo do tempo tivemos que enfrentar uma série de desafios, como crises de preços, infestações de pragas, doenças, o impacto das mudanças climáticas, e sempre conseguimos nos adaptar a esses desafios, embora tenhamos consciência de que para superá-los precisamos reforçar a rede de distribuição de café, com parceiros estratégicos que nos permitam neutralizar os impactos das mudanças climáticas, proteger a biodiversidade que define nossos ecossistemas e conscientizar o consumidor final de como é necessário trabalhar para produzir uma único xícara de café”, explicou.

“Na situação em que nos encontramos hoje, se não trabalharmos na formação de alianças, na partilha, na concepção de todos os componentes, não iremos nos recuperar”, alertou o presidente do Slow Food. “Essa é a competitividade que muda de rumo e se transforma em cooperação. Como disse Petrini, a Terra é de todos”, finalizou Massimo Giannini.

Clique aqui para conferir o bate-papo completo.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Esteban Benites / Café Editora

Cafezal

Cientistas da Nestlé desenvolvem variedades de café de baixo carbono e resistentes à seca

Cientistas da Nestlé desenvolveram uma nova geração de variedades de café com baixo teor de carbono, por meio do melhoramento clássico sem OGM e aproveitando a biodiversidade natural da planta.

Em comparação com as variedades padrão, as duas novas variedades de robusta oferecem rendimentos até 50% mais altos por planta. Como mais café pode ser produzido usando a mesma quantidade de terra, fertilizante e energia, o resultado é uma redução de até 30% na pegada de CO2e (equivalência em dióxido de carbono) dos grãos de café verde. Como os grãos verdes respondem por 40% a 80% das emissões de CO2e de uma xícara de café, essas variedades reduzem significativamente a pegada de carbono associada ao consumo da bebida.

Uma das novas variedades já foi testada com sucesso em campos e agora está sendo cultivada por agricultores na América Central. Em última análise, a Nestlé disse que essas novas variedades ajudarão os agricultores a ganharem uma vida melhor, permitindo-lhes cultivar mais café de alta qualidade na mesma quantidade de terra, de forma sustentável e com menor pegada de carbono.

Da mesma forma, a Nestlé está desenvolvendo novas variedades de arábica de maior rendimento, que também são cultivadas para serem mais resistentes à ferrugem do café, doença vegetal que leia mais…

TEXTO As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin • FOTO Gui Gomes

Mercado

Brasil propõe modernização na emissão de certificados de origem da Organização Internacional do Café

O Conselho Internacional do Café aprovou na última sexta-feira (16) a proposta da delegação brasileira, estruturada pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que pretende modernizar o regulamento referente à emissão dos certificados de origem da Organização Internacional do Café (OIC), requeridos nas exportações do produto.

Embasada na existência de diversos modelos avançados de gestão tecnológica de documentos, envolvendo assinaturas eletrônicas, certificações digitais, armazenamento virtual dos dados e harmonização de datas de exportação, a sugestão do Brasil objetiva dar celeridade ao processo, reduzir a burocracia, ampliar a transparência e estar alinhada às propostas do Acordo de Facilitação de Comércio da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Organização Mundial das Aduanas (OMA).

Na explanação ao principal colegiado da cafeicultura mundial, o Cecafé recordou que o conceito e as instruções contidas no atual Regulamento de Estatística – Certificados de Origem da OIC se baseiam, majoritariamente, em modelos e processos antigos aplicados ao período das cotas de exportação, quando a Organização tinha a necessidade de monitorar e controlar os embarques dos países produtores, e que as novas tecnologias permitirão um processo de emissão mais moderno, célere e menos burocrático.

Entre as diversas alterações propostas, destaca-se a implementação da assinatura eletrônica dos certificados, o armazenamento eletrônico dos documentos, a utilização da Referência Única de Carga (RUC) e a leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Cinco vidas dedicadas ao seu café

Um dia desses, estava falando com um amigo sobre uma influencer e, no final da fofoca, eu me surpreendi com o tanto que eu sabia sobre aquela pessoa mesmo sem acompanhar o trabalho dela. Fiquei pensando em quantas histórias anônimas nós deixamos de saber: será que falta quem nos conte essas histórias, ou nos falta interesse por elas? Essa dúvida me motivou a escrever sobre pessoas que fazem a diferença, em especial, no café.  Para isso, conversei com cinco cientistas que dedicaram sua vida ao café brasileiro.

Nosso ponto de partida é o Instituto Agronômico de Campinas, fundado em 1887. Por trabalhar na fazenda Daterra, que é parceira de pesquisa do IAC, já tive a oportunidade de visitá-lo algumas vezes e é sempre emocionante: lá podemos ver espécies únicas, cruzamentos que talvez nunca mais se repitam, variedades de café que só vamos beber daqui a muitos anos. Os cientistas do IAC, por sua vez, também nos visitam bastante na Daterra – dedicamos vários hectares a eles para que façam as pesquisas que quiserem, do jeito que quiserem. Com essa parceria, o IAC consegue expandir suas pesquisas e nós conseguimos aprender com eles.

“Ao degustar uma xícara de café brasileiro, exalte com orgulho a importância da pesquisa para ter um produto de qualidade em sua mesa” – diz o doutor Luiz Carlos Fazuoli, hoje com 79 anos, um dos maiores nomes da pesquisa da cafeicultura no Brasil. Ele começou no IAC como estagiário, em 1970, participando de um projeto de melhoramento genético para tornar as plantas mais resistentes à ferrugem, uma devastadora doença do cafeeiro. Desde então, Fazuoli publicou 122 artigos científicos, e participou da experimentação de variedades importantíssimas para o Brasil, como os catuaís vermelho e amarelo, mundo novo e acaiá – tenho certeza de que você se lembra de ter provado cafés feitos com essas variedades. Ao ser perguntado sobre qual é o seu maior orgulho durante essa longa carreira, doutor Fazuoli respondeu que foi ter trabalhado com outras mentes brilhantes da ciência brasileira. Isso me chamou atenção: ao entrevistar esses pesquisadores, notei que todos foram inspirados por outros cientistas. Olhe aí, a tal da influência…

Talvez o maior influencer para os cientistas do IAC seja o doutor Alcides Carvalho (1913-1993). Seu nome e seu rosto nos recepcionam assim que chegamos ao Centro de Estudos do Café do IAC, eternizado por meio de sua imagem à frente do instituto ao qual dedicou meio século. Ainda hoje, ele é reconhecido como o maior geneticista de café do mundo: seus 52 anos de carreira foram dedicados a tornar o café brasileiro melhor, mais resistente e mais competitivo. Visionário, começou a estudar a ferrugem do cafeeiro na década de 1950, em parceria com o Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro, de Portugal – naquela época, doutor Alcides previa que a doença chegaria ao Brasil, e chegou mesmo: na década de 1970, o grupo de pesquisas de que o doutor Fazuoli participou já estava preparado para contornar a situação. Esse time também teve a participação da bióloga Masako Toma Braghini, a “Mako” para os amigos do café. Ela nasceu no Japão e veio para o Brasil aos 10 anos. Aqui,  dedicou-se ao café do nosso país através do Consórcio Pesquisa Café, do qual o IAC faz parte. Masako explica que se interessou por pesquisa já na faculdade, quando foi técnica de laboratório na Unicamp. Logo depois de se formar, ela foi convidada a fazer parte da equipe. Ela me contou que, após doze anos como pesquisadora, Masako decidiu dar uma pausa no trabalho para se dedicar a seus filhos, e retornou oito anos depois para continuar participando do desenvolvimento de cultivares.  leia mais…

TEXTO Juliana Sorati - assessora de marketing na Daterra Coffee • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes
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