Mercado

4ª edição do Coletivo de Portas Abertas acontece em fevereiro no ES

Com o objetivo de reunir grandes nomes do café nacional e abordar os desafios da cafeicultura de forma ampla e colaborativa, as montanhas capixabas recebem a 4ª edição do Coletivo de Portas Abertas no dia 1º de fevereiro, em Venda Nova do Imigrante (ES). Aberto ao público, o evento é gratuito e os interessados em participar precisam apenas realizar a inscrição clicando aqui.

A programação do encontro é direcionada para produtores que estão em busca da melhoria da qualidade, gestão e acesso a novos mercados. Para isso, serão debatidos quatro temas fundamentais: lavoura, colheita, pós-colheita e comercialização.

Foto: Lucas Albin / Agência Ophelia

Visando apresentar conhecimentos, trocar experiências e auxiliar o produtor, os painéis contarão com profissionais de diferentes áreas que atuam de maneira notável em prol do desenvolvimento do mercado. A mediação será por conta da diretora de conteúdo da Revista Espresso, Mariana Proença. Confira os nomes:

9h às 10h30
Painel 1: Lavoura

Tarcísio Lacerda
Cesar Krohling
Professor Pavessi

11h às 12h30
Painel 2: Colheita

Edmar Zuccon
Jéssica Carmo
Thiana Luvizotto leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Cafezal

Raízes da terra

Com persistência e profundo vínculo entre homem e campo, aos poucos pequenos produtores provam o valor do café orgânico e familiar

Um janeiro chuvoso tomou conta de Poço Fundo, Sul de Minas, neste ano. Os produtores contam, com alívio, que o clima tem entrado nos eixos. Logo na chegada à cidade, a Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (Coopfam) agita-se com produtores e produtoras discutindo mercado e produção orgânica versus convencional. Não é só a chuva que torna a terra fértil aqui. O clima no município é inundado por debate, política e inquietação.

Antes desse cenário, quem reinava era o fumo de corda, mas, nesses anos de lida, Sinval Domingues da Silva, 53, viu a cultura cair 90% enquanto o café tomava seu lugar. Ele também estava lá quando os cafeicultores começaram a se organizar na política e no manejo. “Considero-me presente desde a fundação. As pessoas não conheciam orgânico, não achávamos o insumo correto e, por isso, a produtividade caía pela metade”, revela.

As dificuldades do início exigiram persistência do grupo que se reunia na igreja, na Câmara dos Vereadores ou nas calçadas da cidade. “Ninguém acreditava. Os idealizadores tiveram que ir sozinhos, com a cara e a coragem”, conta Sinval. Para superar os percalços, eles aprendiam como potencializar as lavouras. “A minha orgânica, posso dizer com orgulho, era referência. Eles tinham medo que o café não aguentasse, mas os meus ficavam de pé. A terra é muito boa”, afirma o produtor sobre seus nove anos com orgânico.

Uma nova leva de mudas de café tem sido adquirida pelos produtores. Com o apoio da Cooperativa, a época do plantio tem levado mais variedades resistentes ao solo de Poço Fundo (MG)

Anos depois, a Cooperativa enfrentou novos desafios e o desânimo geral, quando produtores abandonaram o cultivo orgânico. Foi nesse tempo que os cooperados decidiram buscar novas lideranças, entre elas Clemilson José Pereira. “O presidente entrou novo, a gente desconfiava por conta da idade. Mas hoje vemos que valeu a pena!”, confidencia Sinval.

Ainda em 1991, quando os fundadores tinham em comum a ligação com a Pastoral da Terra, Clemilson já frequentava as reuniões. “Foi fazendo, errando e acertando, que tudo foi construído”, explica. “Comecei a participar com 13 anos e até 2010 eu era apenas associado. Foi aí que entrei para leia mais…

TEXTO Thais Fernandes • FOTO Lucas Albin / Agência Ophelia

Barista

Raio-X do barista

Barista, palavra de origem italiana – no plural masculino, Baristi, e, no feminino, Bariste. Aquele profissional que extrai o melhor do café para diversos preparos, em busca da “xícara perfeita”. Ele é encarregado de apresentar uma boa bebida, divulgar conceito, e, muitas vezes, explicar ao consumidor a origem e o processo do grão, informação essencial para o preparo da bebida, já que cada região tem sua peculiaridade, o que muda o resultado final.

Consultamos quatro profissionais experientes no assunto e lhes pedimos que mapeassem o caminho e listassem alguns requisitos básicos para alguém se tornar um bom barista.

Para começar

Gostar de café é fundamental, mas aqueles que buscam um futuro nessa profissão precisam ter abertura para derrubar certezas e humildade para aprender todos os dias. A função necessita conhecer tudo o que está por trás de uma boa xícara.

Num curso básico o aluno aprenderá, entre outras coisas, a usar uma máquina de café espresso, preparar os métodos de filtragem, regular o moinho, vaporizar o leite, montar as bebidas e leia mais…

TEXTO Bianca Ribeiro • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

Café & Preparos

Participe da II Copa São Paulo Hario v60!

Em comemoração ano aniversário de 466 anos da cidade de São Paulo, no dia 25 de janeiro, às 17h, será realizada a II Copa São Paulo Hario v60. O evento, que busca premiar o melhor preparo no método japonês, está previsto para acontecer em Pinheiros, na cafeteria Um Coffee Co.

As rodadas serão compostas por três competidores e três juízes, que farão suas avaliações sensoriais individualmente. Cada barista terá seis minutos para preparar sua receita. O participante com a xícara melhor avaliada avança para a próxima etapa. Os prêmios das três primeiras colocações são:

1º lugar – R$ 700
2º lugar – R$ 350
3º lugar – R$ 150

O café oficial da competição é da variedade Pacamara, um híbrido de Pacas com Maragogipe. Os grãos foram cultivados na Fazenda Ambiental Fortaleza, na região de Mococa (SP). Aos interessados em competir, as inscrições abrem amanhã (11), às 10h, neste link. O valor é de R$ 55.

A II Copa São Paulo Hario v60 conta com organização da 55 Coffee Hub e parceria do São Paulo Coffee Festival, Isso É Café, Flavors, Hario, Bunn, Cropster, Atilla e Coffea Trips. A Espresso é mídia oficial.

Serviço
II Copa São Paulo Hario v60
Quando: 25/1, às 17h
Onde: Rua Paes Leme, 215 – Pinheiros – São Paulo (SP)
Mais informações: www.instagram.com/copasaopaulohariov60

TEXTO Redação

Café & Preparos

Museu do Café realiza programação cafeinada para crianças

A partir de hoje (8), o Museu do Café, localizado na cidade litorânea de Santos (SP), lançou uma programação especial de férias para as crianças. A agenda, idealizada até o dia 2 de fevereiro, conta com atividades extras aos fins de semana e com o ambiente temático chamado de “Espaço Café com Leite”.

Com piscina de bolinha, pula-pula, jogos de tabuleiro e fantasias, a área infantil funcionará de quarta a domingo, das 11h às 17h, dentro do edifício da antiga Bolsa Oficial do Café. Neste mesmo local o público infantil pode encontrar o “Cafezalzinho”, brincadeira lúdica que busca apresentar a rotina realizada na fazenda, incluindo processos como colheita, secagem e torra. Confira as atividades especiais do fim de semana aqui.

O ingresso para participar do espaço custa R$ 10 e dá direito às áreas expositivas do Museu. Crianças de até 5 anos não pagam e estudantes pagam meia entrada. Para participar das atrações adicionais, basta solicitar a adesão às monitoras do local. Aos sábados a visitação é franca, portanto, a mesma gratuidade vale para a área infantil e os eventos realizados no dia.

Mais informações: www.museudocafe.org.br

TEXTO Redação

Mercado

Thank My Farmer: IBM anuncia app que rastreia o café da lavoura à xícara

A IBM, em parceria com a Farmer Connect, anunciou um novo aplicativo que utiliza tecnologia blockchain para rastrear a produção de café e conectar consumidores e agricultores que cultivam e vendem os grãos. Chamado de Thank My Farmer, a novidade permite que os coffee lovers rastreiem os grãos até o cafeicultor original, aprenda mais sobre o café e apoie o agricultor que o produziu. A ideia é trazer rastreabilidade, eficiência, justiça e comunicação em toda a cadeia cafeeira.

David Behrends, presidente da Farmer Connect, disse em um comunicado que o objetivo é humanizar o relacionamento de cada consumidor com sua xícara diária. Segundo ele, os consumidores agora podem desempenhar um papel ativo na governança da sustentabilidade, apoiando os cafeicultores nos países em desenvolvimento.

Baseado na IBM Food Trust, o app monitora a cadeia de suprimentos de café em suas várias etapas, incluindo colheita, processamento, embalagem, expedição, exportação, importação, mistura e torrefação. Hoje, os consumidores da bebida consomem mais de meio leia mais…

TEXTO As informações são do VentureBeat / Tradução Juliana Santin • FOTO Felipe Gombossy

Receitas

Frozen mocha latte

Ingredientes
Primeira camada
– 2 xícaras (chá) de café espresso
– 1 xícara (chá) de leite condensado
– 1 colher (sopa) de chocolate em pó
– 1 colher (sopa) de Cointreau

Segunda camada
– 1/2 xícara (chá) de creme de leite fresco
– 1/2 xícara (chá) de leite condensado
– 1 colher (café) de extrato de baunilha
– 1 colher (sopa) de raspas de casca de laranja

Preparo
Primeira camada
Dissolva o chocolate no café ainda quente, junte o leite condensado e leve a mistura à geladeira até esfriar completamente. Adicione o Cointreau e misture. Encha um terço das forminhas e leve ao freezer.

Segunda camada
Misture bem todos os ingredientes e faça uma camada sobre a que foi congelada anteriormente. Intercale as misturas até que se formem três camadas diferentes, congelando uma de cada vez.

Dica: utilize copinhos de café com tampa como formas para os picolés. Para segurar os palitos, utilize as tampas dos copinhos, faça um pequeno corte nelas, encha as forminhas com a primeira camada da receita, tampe o copinho e passe o palito de corte. Depois da primeira camada congelada, o palito fica firme e não é mais necessário utilizar a tampa para segurar.

Rende 8 picolés em copos de 120 ml

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz • RECEITA Alessandra Luvisotto

Café onipresente: otimismo no mercado brasileiro pós-crise

Foto: Érico Hiller

Embora existam diferentes opiniões acerca da atual classificação do mercado brasileiro de café no modelo mundial das “ondas” – há quem diga que o país se encontra na segunda, por conta da importância das cafeterias, e há também quem defenda a já completa transição para a terceira, por conta da inovação cada vez mais relevante – um fato é certo: desde 2014 o Brasil ocupa a posição de líder mundial em volume total de vendas de café como bebida quente, de acordo com a pesquisa da Euromonitor International, empresa global em pesquisa de mercado.

Esta conquista teve, de fato, uma pequena ajuda do mercado norte-americano, que desde 2014 apresenta queda constante no volume de vendas no varejo, já que a maior parte dos consumidores tem concentrado seu consumo fora dos lares. No entanto, o principal fator não apenas para colocar o Brasil nesta posição de liderança, mas também para manter-nos lá deste então, é o crescimento consistente das vendas no país, independente da crise econômica.

A expectativa para 2019 é que seja vendido 1,2 milhão de toneladas de café, um crescimento de 4% em relação a 2018. O que pode parecer um crescimento tímido se comparado a outras categorias emergentes, na verdade é bastante expressivo – a diferença entre os anos 2018 e 2019 é equivalente ao leia mais…

TEXTO Angelica Salado, Gerente de Pesquisa da Euromonitor International

Cafezal

Da terra, pela terra e para a terra

A paixão de uma família pelo ciclo de vida de plantas, animais, águas e ventos fez com que Pernambuco voltasse ao mapa dos bons cafés nacionais com a Yaguara Ecológico.

No meio da agrofloresta, o café convive e coopera com outras espécies.

O brasão da família Peebles, originária da Escócia, tem um salmão. O peixe é conhecido por nadar contra a corrente, e a imagem está logo na entrada para a casa grande da Fazenda Várzea da Onça, em Taquaritinga do Norte, Pernambuco. E, como quem sai aos seus não degenera, é isso que o braço da família que acabou fincando raízes em terras brasileiras faz há muitos anos: ir na direção oposta à que o mercado ditava para as terras daquelas bandas do Nordeste.

“Tem muito pernambucano que nem sabe que aqui se produz café. E olha que lá nos primórdios o estado foi um dos primeiros a receber plantações e esteve entre os maiores produtores até os anos 1920, 1930”, conta Tatiana Peebles, também conhecida por aí como Tatiana Yaguara, que comanda a fazenda ao lado do pai, David Peebles, e do marido, Juscelino Felipe da Silva. Essa é uma das explicações para que a maior quantidade de pés das terras da família seja de arábica typica, um dos cultivares mais antigos da espécie e que, diz a lenda, foi o que Francisco de Melo Palheta trouxe ao país para descer pelas capitanias até encontrar seu chão mais produtivo, no Vale do Paraíba, na região Sudeste. Hoje o typica é preterido em razão de outros cultivares se adaptarem mais à lavoura moderna.

Quando avistou Taquaritinga do Norte do alto, David, um norte-americano que veio ao Brasil ainda jovem em uma missão e acabou achando o amor em Pernambuco, logo se apaixonou, de novo. No meio do sertão nordestino, o microclima da cidade é frio no inverno (chega a fazer leia mais…

TEXTO Cíntia Marcucci • FOTO Alessandra Luvisotto/Agência Como

Café & Preparos

Portugal e suas peculiaridades

Os portugueses são bastante parecidos com os brasileiros quando o assunto é café. E posso afirmar isso em muitos sentidos. Eles bebem café comercial e estão começando a descobrir o “café de especialidade”; é assim que chamam por lá o que intitulamos café especial.

Era 2016 quando resolvi fazer uma longa viagem a Portugal. Quase não se ouvia falar sobre cafés especiais, talvez uma ou duas cafeterias, mas nenhuma microtorrefação especializada. Nove meses se passaram quando voltei para o país e, para minha surpresa, encontrei um cenário diferente.

A velocidade com que o mercado cresceu e continua crescendo chama muito a atenção dos empreendedores, inclusive de brasileiros como o produtor Evaldo Coutinho, que resolveu aproveitar o benefício da dupla cidadania e escolheu Lisboa para montar uma microtorrefação, a Caparaó Specialty Coffees, e ser base de venda dos cafés no mercado europeu. Evaldo desenvolve um trabalho de extrema leia mais…

TEXTO Daniel Carvalho • FOTO Divulgação
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