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Pesquisa da Euromonitor destaca busca por cafés mais sustentáveis na pandemia

A Semana Internacional do Café aconteceu no mês de novembro no Expominas, em Belo Horizonte (MG), e na plataforma on-line. O maior encontro do setor trouxe o debate de temas importantes, como a palestra “O que impactou a pandemia no consumo de cafés”, realizada no dia 10 de novembro.

A palestra aconteceu no Grande Auditório e contou com a participação de James T. Mclaughlin Jr., CEO da Intelligentsia Coffee, e Rodrigo Mattos, analista de bebidas quentes da Euromonitor International. A moderação foi por conta de Vanusia Nogueira, da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Os palestrantes discutiram sobre as mudanças de comportamento dos consumidores nos últimos dois anos e como será daqui para frente. Rodrigo Mattos explicou que, ao contrário dos Estados Unidos e da Alemanha, o consumo de café em casa não cresceu exponencialmente no Brasil, pois já havia esse hábito. Nos outros dois países, boa parte do consumo se dava nas cafeterias e, com a pandemia, os consumidores passaram a consumir o produto em casa.

“A linha de consumo do Brasil é uma das mais fortes em comparação com o crescimento do consumo do café mundial e, na minha opinião, por conta do café especial. Apesar de nós termos um mercado maduro de café, existe espaço para o crescimento do consumo”, destaca Rodrigo.

Em uma pesquisa realizada pela Euromonitor International, 78% dos consumidores brasileiros responderam que tentam ter um impacto positivo no meio ambiente através de ações diárias. Porém, os custos mais elevados dos produtos orgânicos ainda são um empecilho para o aumento da procura pelos consumidores, sendo atualmente um mercado de nicho.

Vale destacar que o consumidor está dando cada vez mais prioridade a como consome e ao que consome. Por isso, o meio-ambiente se tornou algo prioritário, especialmente devido aos recentes debates de desflorestamento e crise hídrica.

Um exemplo, nessa pesquisa, é que entre 2020 e 2021, o desejo por embalagens sustentáveis cresceu, refletindo o momento de vida em que a população brasileira vive: crises ambientais constantes. As duas principais características procuradas são a reciclagem e o biodegradável. Reutilizável também é uma tendência para se ficar atento.

Rodrigo Mattos destacou, durante a palestra, que a embalagem sustentável é uma grande tendência de consumo. “O consumidor busca a possibilidade de jogar fora o produto ou a embalagem sem culpa. Essa tendência está principalmente associada a opções biodegradáveis, já as compostáveis, apesar de boas, ainda não fazem parte da vida do consumidor médio”, explica.

Segundo os dados da pesquisa, na média por pessoa, foram consumidas 835 xícaras de café no Brasil ao ano. Até 2025, este número deve atingir 1050, o que daria 2,2 xícaras por dia. Já em relação ao preço foram R$ 34 reais por quilo de café no varejo, considerando grãos, torrado e moído, cápsula e solúvel. Se considerarmos o dólar, o Brasil gasta em média U$ 6,09 enquanto o mundo U$ 15,55.

Para acessar a pesquisa completa da Euromonitor, clique aqui.

TEXTO Redação • FOTO Sean Benesh

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Nespresso comemora 15 anos no Brasil com programas voltados para qualidade e sustentabilidade

A Nespresso completa 15 anos de atividade no Brasil em 2021 e paga 10 milhões de dólares em prêmio sobre a última safra comercializada com a companhia. Todas as 1.200 fazendas brasileiras que fornecem café para a empresa fazem parte do Programa Nespresso AAA de Qualidade Sustentável e serão contempladas pela iniciativa. Desde o início do Programa no Brasil, em 2005, a empresa realiza o prêmio anualmente como forma de reconhecimento ao bom trabalho de seus fornecedores.

“A Nespresso acredita que o café de qualidade e a sustentabilidade das comunidades agrícolas estão interligados e que, somente a partir da confiança e relacionamentos duradouros, é possível fazer a diferença. Reconhecer produtores que investem e acreditam nesse ciclo virtuoso e necessário para a perenidade das lavouras de café é o que a Nespresso faz, pois o que nossos fornecedores conseguem atuando de maneira sustentável é mais eficiência e maior produtividade”, afirma Ignacio Marini, BEO da Nespresso no Brasil.

As fazendas produtoras para Nespresso participam do programa de qualidade sustentável da empresa para auxiliar nessa melhoria de processos e renovação das lavouras. Esses produtores são avaliados em quesitos de gestão de suas propriedades para verificar se fauna e flora estão sendo protegidas, como a colheita é planejada e supervisionada e as condições de trabalho nas fazendas.

Os prêmios são fixos em dólar e sofrem somente diferenças na variação cambial – que é indexada no momento da venda do café. “A Nespresso realiza auditorias para garantir que 100% dos prêmios leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Irene Kredenets

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Brasil marca presença na maior feira de cafés especiais da Ásia

A “Nação do Café” voltou a promover, presencialmente, a pluralidade da cafeicultura nacional em Tóquio, no Japão, de 17 a 19 de novembro, na SCAJ World Specialty Coffee Conference and Exhibition 2021, principal feira do segmento na Ásia. Como ação do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o país contou com estande no evento e realizou sessão de cupping, eventos virtuais e negócios.

Com a flexibilização dos protocolos sanitários referentes à Covid-19, o retorno à Terra do Sol Nascente é simbólico, pois foi onde, em 2019, antes da pandemia, o Brasil apresentou a nova identidade visual de seus cafés especiais, expondo diversidade, micro e nanolotes, frutos exóticos e com qualidade elevada, cultivados nas 33 origens produtoras e detentores de pontuações muito altas nas provas de classificação.

“Neste ano, em um seminar room, fizemos considerações sobre a safra 2021, o que esperar para a colheita futura e os trabalhos da BSCA, que focam, entre outros pontos, na promoção da eficiência da cadeia produtiva nacional, com cafeicultores de todos os tamanhos, que são pessoas especiais, produzindo cafés especiais, os quais, com paixão e amor à terra, ao meio ambiente e ao social, escrevem sua história e a compartilham com todo o mundo através de seus produtos”, explica Vanusia Nogueira, diretora da entidade.

Para destacar esses cafés e produtores, foi realizada a sessão de cupping “Taste of the Harvest”, que disponibilizou 31 amostras de associados à BSCA para degustação de 50 importantes empresas compradoras do Japão. A atividade rendeu US$ 590 mil em negócios presencialmente e o prognóstico para a concretização de mais US$ 6,7 milhões nos próximos 12 meses. Se confirmadas as estimativas, as empresas brasileiras fecharão aproximadamente US$ 7,3 milhões através de mais esta ação do projeto “Brasil. A Nação do Café”.

Os trabalhos na principal feira de cafés especiais da Ásia contaram com a contribuição da Embaixada do Brasil em Tóquio e de profissionais e empresas parceiros da BSCA na capital japonesa.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Fazenda de café da Índia vence a 6ª edição do Prêmio Ernesto Illy Internacional

David Brussa; Andrea Illy; Anna Illy; Lily Cole; Massimiliano Pogliani; Alessandro Bucci

Nesta quinta-feira (2), a illycaffè anunciou o vencedor do Prêmio Ernesto Illy Internacional 2021, premiação concedida – desde 2016 – ao produtor do melhor café sustentável, entre 27 dos melhores produtores de café participantes de nove dos mais importantes países produtores de café.

O vencedor deste ano é Jumboor Estate, da Índia, representado por B.M. Nachappa e eleito o “Melhor dos Melhores” (Best of The Best) por um painel independente de especialistas internacionais em gastronomia e café.

O prêmio “Escolha dos Amantes de Café” (Coffee Lover’s Choice), concedido por um painel de consumidores por meio de uma degustação às cegas organizada em cafés selecionados da illy em todo o mundo, foi concedido ao Proyecto Lift Olopita, da Guatemala, representado por Alfonso Urbina Peralta.

Os 27 finalistas (três de cada país) representam Brasil, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Etiópia, Guatemala, Honduras, Índia e Nicarágua. O painel internacional – que incluiu os chefs três estrelas Michelin Kyle Connaughton, Viki Geunes e Niko Romito; os jornalistas Josè Carlos Capel, Clark Parkin e Michela Proietti; e os especialistas em café Sunalini Menon, Birhanu Gebis Wuli e Henry Alirio Martínez Salinas – atribuíram o prêmio “Best of The Best” ao Jumboor Estate, da Índia, que eles descreveram como um café intenso que deixa uma sensação sedosa, delicada e macia no palato, realçada por notas de chocolate, caramelo, frutas cítricas, nozes e um toque de frutas.

Jumboor Estate está localizada nos planaltos da parte norte do distrito de Coorg, a uma altitude de 950 a 1000 metros em uma área de solos orgânicos ricos. Fundada em 1870, esta propriedade de 390 hectares cultiva apenas café arábica e produz “Jumboor Gold”, uma variedade de bourbon amarelo de alta qualidade. Para não interferir no escoamento da água pura das montanhas próximas, que é utilizada no processamento do café, as áreas adjacentes aos cursos d’água foram deixadas em seu estado natural, sem plantio ali.

“É a primeira vez que a Índia ganha o Prêmio Ernesto Illy Internacional. Este é um país onde o café é cultivado à sombra de árvores altas, geralmente junto com outras culturas, como pimenta, baunilha, leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Consumo brasileiro de café registra queda nos últimos 30 dias

O café está presente no cotidiano dos brasileiros, porém, o consumidor já percebeu que o preço do produto nas prateleiras subiu. Este aumento impacta diretamente no consumo interno, que nos últimos 30 dias chegou, aproximadamente, a 14%. O primeiro fator que explica o cenário é o aumento de 130% no valor da saca do café cru, que representa 70% do custo de produção para as indústrias do café que chega às mesas. Essa alta se deu, também, por fatores climáticos, geopolíticos e econômicos.

Inicialmente, os industriais negociaram com o varejo e se esforçaram para segurar ao máximo o repasse para o produto final. O fato é que os estoques com o preço antigo acabaram, e os novos vieram com valores mais elevados, não sendo possível frear o repasse para o varejo, o que interferiu no valor do café nas gôndolas.

Expectativas para os próximos meses

Embora o momento seja de incertezas, é difícil fazer previsões concretas para os próximos meses. Somente a partir de março do ano que vem, quando será possível ter uma ideia mais objetiva sobre a colheita da safra 2021/2022, os cenários poderão ser traçados de maneira mais confiável.

Enquanto isso, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) reitera o seu compromisso com a indústria e com o consumidor. “Continuaremos monitorando os cafés para que a mesma qualidade siga chegando à mesa dos brasileiros. Estamos, também, lado a lado com os industriais, garantindo que a produção mantenha o seu curso normal”, pontua o diretor-executivo da Abic, Celírio Inácio.

Alimento acessível

Apesar de o aumento ser o maior registrado em 25 anos no país, o café continua sendo um alimento acessível, afinal, o produto é altamente rentável. “Um quilo de café pode render até 14 litros da bebida, o equivalente a 280 xícaras de 50 ml. Embora o preço do pacote varie de acordo com o local ou com o ponto de venda, é um alimento que dura um bom tempo na despensa”, afirma Inácio.

Cafés vendidos no exterior

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o café brasileiro atingiu a marca de 33,27 milhões de sacas de 60 kg vendidas no exterior em 2021, mesmo com a exportação tendo sofrido uma retração de 25%. Entre o período de janeiro e outubro deste ano, a commodity foi exportada para 119 países e gerou uma receita cambial de US$ 4,81 bilhões.

Ainda que o volume de vendas no exterior tenha sofrido uma queda de 6,3%, a arrecadação cresceu 7% em comparação com as exportações nos dez primeiros meses de 2020. Os Estados Unidos seguem como o principal mercado do café nacional no exterior, com a compra de 6,46 milhões de sacas, o que corresponde a 19,4% do total exportado.

TEXTO Redação • FOTO Andrea Tummons Ehymer

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Nespresso apresenta edição limitada de Natal em parceria com estilista colombiana

Com a proposta de homenagear e reconhecer os presentes da floresta, além de celebrar o clima especial de Natal, a Nespresso traz ao Brasil a Edição Limitada Festive – Gifts of the Forest. A coleção natalina de cafés é desenvolvida com a estilista colombiana Johanna Ortiz.

Inspirada na beleza das florestas, a coleção submerge na essência da marca. Para isso, a marca apresenta os novos sabores da linha Festive 2021: Forest Fruit Flavour e Forest Almond Flavour, que aliam a profundidade da natureza ao ambiente em que o café é cultivado; e Forest Black, o primeiro café sombreado da Nespresso, cultivado sob a copa das árvores. Para dar vida a edição natalina, Johanna Ortiz, grande nome da moda da América Latina, se inspirou na interação entre a natureza e a sustentabilidade.

“Para mim, design e natureza andam de mãos dadas, e é por isso que essa colaboração ressoou pessoalmente. O café colombiano também tem um lugar verdadeiramente especial em meu coração. Ao projetar a coleção, tive a ideia de capturar a beleza da floresta em cada peça, incorporando ricas copas das árvores e tons de terra escuros em meus designs. Tem sido um processo e uma parceria incríveis, da qual gostei profundamente”, explica a estilista.

Conheça os cafés da edição:

Forest Black
A copa das árvores fazem a diferença no cultivo do Forest Black. Desenvolvido com a técnica de sombreamento total realizada na Colômbia, Peru, Guatemala e Índia, o procedimento, além de proteger os grãos, proporciona um maior sabor ao café. As exóticas notas amadeiradas conferem um espresso picante.

Forest Fruit Flavour
Os aromas de frutas silvestres vermelhas percorrem o café espresso, enquanto os cereais dos arábicas cultivados na América do Sul assumem uma nota festiva de confeitaria doce.

Forest Almond Flavour
O sabor adocicado das nozes dos arábicas da América do Sul confere uma sutileza ao espresso. É possível perceber notas de amêndoa marcadas por baunilha e um leve sabor frutado no caráter de cereal suave deste café.

Além dos cafés de edição limitada, o público também pode conferir receitas de coquetéis especialmente elaboradas para aprimorar a experiência sensorial. Para saber mais visite o site.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Ilustradores retratam os 9 países finalistas do 6º Prêmio Ernesto Illy Internacional

Guatemala retratada por Marcos Guinoza / Etiópia retratada por Yukai Du / Brasil retratado por Madeline Kate Martinez

Por conta do 6º Prêmio Ernesto Illy Internacional, a illycaffè está renovando seu projeto digital especial que mostra a criatividade para retratar a cultura do café de uma forma inédita, com 9 artistas internacionais encarregados da tarefa de criar uma identidade visual para os 9 países finalistas.

Por meio dessa iniciativa, a illycaffè visa usar a beleza e a arte para destacar um aspecto fundamental e importante da cultura e da ética da empresa, os valores fundamentais que sustentam o mundo da cafeicultura e dos países produtores.

Brasil, Colômbia, Costa Rica, Etiópia, Guatemala, Honduras, Índia, Nicarágua e El Salvador são os nove países finalistas do Prêmio Ernesto Illy Internacional. Esses países funcionam como nove paradas em uma jornada artística. A partir de seus próprios estilos, os nove artistas criarão, cada um, uma obra de arte que simboliza a paisagem de cores do país que lhe foi atribuído e lembra o perfil do sabor de seu café.

Retratando o Brasil está Madeline Kate Martinez, ilustradora e designer gráfica com forte paixão pela fotografia. A caligrafia e o estilo de Sebastian Curi, ilustrador e animador argentino radicado em Los Angeles, vão retratar as cores da Colômbia. A Costa Rica é retratada pelo artista e ilustrador irlandês Mark Conlan. Enquanto as cores exuberantes da Etiópia são atribuídas a Yukai Du, um ilustrador e animador chinês.

Um conto visual da Guatemala será contado pelo designer gráfico surrealista Marcos Guinoza. Honduras e seu café, com suas notas de chocolate e caramelo, serão desenhados pela caneta colorida de Maggie Stephenson, uma artista e ilustradora polonesa. A ilustradora e artista canadense Myriam Van Neste, que também é ex-escultora, tem a tarefa de dar vida ao charme e ao mistério da Índia. Já a Nicarágua foi confiada ao ilustrador e artista britânico Kit Agar, com seu estilo geométrico de marca registrada. Charly Clements, designer e ilustradora britânica, nos ajudará a descobrir El Salvador.

De 25 de novembro a 1º de dezembro, as obras dos nove artistas serão reveladas nas contas dos próprios artistas no Instagram e na conta do Instagram da illycaffè.

Países e artistas

Brasil: Madeline Kate Martinez – @madelinekate_illustrate
Colômbia: Sebastian Curi – @sebacuri
Costa Rica: Mark Conlan – @markconlan
Etiópia: Yukai Du – @yukai_du
Guatemala: Marcos Guinoza – @marcosgunoza
Honduras: Maggie Stephenson – @_maggiestephenson_
Índia: Myriam Van Neste – @myriam__vanneste
Nicarágua: Kit Agar – @kitagar
El Salvador: Charly Clements – @charlyclements

TEXTO Redação

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Holanda começa a vender cafés da marca colombiana Juan Valdez

A Juan Valdez anuncia sua entrada na Holanda como resultado do trabalho conjunto com a Embaixada da Colômbia em Amsterdã e a Federação Colombiana de Cafeicultores. A marca colombiana estará presente em uma das principais redes de supermercados do território.

“Capitalizar as oportunidades de expansão de nosso café 100% colombiano premium tem sido uma prioridade para nós como empresa”, explicou Sebastián Mejía, vice-presidente internacional da Procafecol, empresa controladora da Juan Valdez.

Ele reforça que conseguiram entrar no mercado holandês com aliados importantes, como a ProColombia, a Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia, a Embaixada da Colômbia em Amesterdã.

“A entrada da marca ajudará a seguir o posicionamento da Colômbia como o principal produtor mundial de cafés suaves e especiais, que se destacam pela origem e qualidade premium”, afirma a presidente da ProColombia, Flávia Santoro.

O mercado europeu de café tem crescido continuamente nos últimos anos, representando 26% do consumo da bebida no mundo. Além disso, durante 2020, o consumo per capita de café na Holanda atingiu 8,3 quilos. Isso representou uma oportunidade única para a empresa, que busca entrar neste novo mercado e oferecer a experiências e variedades de cafés nacionais.

TEXTO  As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin • FOTO Mauro Lima

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Pesquisa conclui que mudanças climáticas afetam a produtividade e a qualidade do café

Um novo estudo concluiu que as mudanças ambientais associadas às mudanças climáticas e à adaptação ao clima podem, de fato, afetar a qualidade do café. As descobertas têm implicações para os consumidores que preferem cafés de alta qualidade, fazendeiros e produtores que dependem tanto do volume quanto da qualidade para sua renda, e todos os outros envolvidos no processo do grão à xícara.

A equipe de pesquisadores por trás do estudo analisou cerca de 1.600 artigos científicos de revisão por pares publicados neste século, identificando 73 para uma revisão abrangente em torno da questão: quais são os efeitos dos fatores ambientais relacionados às mudanças climáticas e às condições de manejo ligadas à adaptação do clima sobre a qualidade do café com base em metabólitos secundários e atributos sensoriais?

Em termos leigos, isso pode ser: como as mudanças climáticas estão afetando a qualidade do café? Os pesquisadores descobriram duas tendências claras: 1) o sabor e o aroma do café melhoram quando o café é cultivado em altitudes mais elevadas; e 2) o aumento da exposição à luz está associado à diminuição dos atributos sensoriais.

Os pesquisadores também descobriram que a qualidade do café é afetada por mudanças na quantidade de água que a planta recebe, temperatura, níveis de dióxido de carbono e gestão de nutrientes no solo – todos os quais são potencialmente afetados pelas mudanças climáticas e adaptação.

“Um melhor entendimento da relação entre clima e qualidade do café está atrasado e será essencial para que a indústria de cafés especiais se adapte aos desafios que enfrentamos e prospere no futuro”, disse Peter Giuliano, diretor executivo da Coffee Science Foundation, um braço de pesquisa sem fins lucrativos da Specialty  Coffee Association (SCA). leia mais…

TEXTO As informações são do Daily Coffee News / Tradução Juliana Santin

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Entre janeiro e outubro de 2021, café brasileiro foi exportado para 119 países

Os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), analisados pelo Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, destaca que, de janeiro a outubro de 2021, os cafés brasileiros foram exportados para 119 países, totalizando um volume físico equivalente a 33,27 milhões de sacas de 60 kg e receita cambial de US$ 4,81 bilhões.

Mesmo com números expressivos, o registro é de uma queda de 6,3% do volume vendido ao exterior. Em contrapartida, existe um acréscimo de 7% na arrecadação da receita no comparativo com o desempenho das exportações da cafeicultura nos mesmos dez primeiros meses do ano anterior.

Neste contexto, um ranking dos cinco maiores importadores dos Cafés do Brasil aponta que os Estados Unidos se mantêm tradicionalmente como principal país importador, por ter adquirido 6,46 milhões de sacas, volume praticamente similar às 6,48 milhões de sacas compradas nos dez primeiros meses do ano anterior. Com esse volume, as compras norte-americanas corresponderam a 19,4% do que foi exportado aos 119 países no período em tela.

Na sequência está a Alemanha, que importou 5,47 milhões de sacas dos Cafés do Brasil e teve seu volume de importação equivalente a 16,5% no período em destaque, apesar de registrar uma queda de 8,2% do número de sacas adquiridas na comparação com o mesmo período no ano passado. Na terceira colocação destaca-se a Itália, com a compra de 2,38 milhões de sacas, cujo volume físico representa uma queda de 7,7%. Bélgica, em quarto, com 2,27 milhões (-22,6%), e Japão, em quinto, com a aquisição de 2,074 milhões de sacas, volume que registrou um acréscimo expressivo de 12,5% na compra dos cafés brasileiros nos períodos comparados.

O café arábica foi o mais exportado nos dez primeiros meses de 2021, com a venda equivalente a 26,77 milhões de sacas, as quais corresponderam a 80,5% do total. Já o canéfora (robusta e conilon) teve 3,25 milhões de sacas embarcadas, o que representou 9,8% do total exportado no período, além dos segmentos do produto na forma de café solúvel, com 3,21 milhões de sacas (9,7%), e café torrado e torrado e moído, com 37.540 sacas (0,1%).

Exclusivamente no mês de outubro de 2021, o relatório do Cecafé ressalta que as exportações brasileiras totais de café atingiram 3,43 milhões de sacas de 60 kg, o que representou uma queda de 23,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Contudo, com relação à receita cambial, essas exportações tiveram um crescimento de 11,3% na mesma comparação, saltando de US$ 564,7 milhões para US$ 628,5 milhões.

Vale destacar que dois países produtores de café também foram destinos importantes das exportações dos Cafés do Brasil, como é o caso da Colômbia, com a aquisição de 945,70 mil sacas entre janeiro e outubro de 2021, performance que representou substancial alta de 56,7% em relação às compras feitas no mesmo período anterior. O México aparece com a importação de 787,48 mil sacas, apesar de representar uma queda de 12,5%, na mesma base comparativa.

O relatório completo está disponível no site do Cecafé.

TEXTO Redação • FOTO Café Editora